terça-feira, 20 de novembro de 2012

Da ansiedade de se libertar por alguns dias

Isso. Esse post trata disso. Da ansiedade de se libertar por alguns dias e de como isso mexe com a gente que é mãe. E mexe em todos os sentidos, viu? Tem vezes que me pego contando as horas para estar sem menino pequeno perto de mim, sem aperreio, sem barulho. Tem vezes que me pego toda sentimental, imaginando a última mamada de Cora, a festa de encerramento do 1o ano de Rafa, como eles vão ficar sem a gente. Estou assim... pronto, falei! Fiz Rafa passar o final de semana inteirinho com a gente, não deixei nem chamar nem ir pra casa do amigo, queria ficar com ele e brinquei horrores com meu pequeno, joguei video game, fomos na pracinha para brincarem no parque, fomos ao shopping.

O problema é que apesar de todo o planejamento meticuloso que tracei nos últimos meses para me programar para estas duas semanas de ausência na vida dos meus filhos, eu não me preparei para o que eu sentiria ao ter que me despedir deles. Infelizmente... apesar de todo o drama que eu possa querer fazer tenho que me conformar... c´est la vie! Não estarei presente para sempre na vida deles!

A vontade é bem essa: colocar na mala e levar junto. Mas é preciso valorizar as oportunidades de uma lua-de-mel, meu bem!


Bom... mas vamos ao papo de mãe.
Eu vou dizer a vocês o resultado disso tudo quando eu retornar de viagem, mas posso antecipar minha preparação.

Nosso maior obstáculo, foi sem dúvida, a distância. Moramos a 2 mil quilômetros de parentes responsáveis e tivemos que organizar as coisas levando um aspecto em consideração: as aulas de Rafa. Simplesmente não podíamos despachar as crianças pra Recife e fazer com que perdessem duas semanas de aula, alguém tinha que vir pra cá. Felizmente eu tenho uma mãe rocheda, que trabalha, que é ativa e que não titubeou em dizer que ficaria com meus pitucos quando eu precisasse. Ela se organizou no trabalho dela, conseguiu uma pessoa para substituí-la, deu aulas a mais, para poder quebrar esse galho pra mim. Uma salva de palmas pra minha mãe que ela merece!! \o/

Como mamãe não conhece muito bem a cidade e estamos em temporada de dilúvio em BH, pensei em colocar Rafa no Escolar, assim ela não teria que zanzar por aí com os pequenos de ônibus e sob a chuva. Ainda que a ideia tenha parecido fantástica, penei para achar uma vaga em um transporte escolar a esta altura do campeonato. O único que tinha vaga disponível me cobrou os olhos da cara. Fazer o quê? Quando não se tem concorrência é assim.

Fiz um roteirinho pra mamãe sobre a nossa rotina aqui em casa. Hora de acordar, de dormir, o que as crianças podem fazer, o que não podem. Os dias que tem natação, os dias que Rafa tem ensaio. O dia da festa de Rafa.

No final de semana passado fiz compras para o período que formos ficar fora, lanche de escola, lanche de casa. 

Estou deixando o número do pediatra, o nome do hospital que vamos em caso de emergências, carteirinhas de plano de saúde, telefones de amigos em BH para pedir ajuda. Dinheiro pra táxi, cartão pra ônibus. Organizei a caixa de primeiros socorros e chequei se tudo estava lá, se tem remédio pra febre, pra tosse, descongestionante nasal, curativo, gaze, algodão. hehehehe Tou paranóica!

É a primeira vez que vou me separar de Cora. Temo por ela. Rafa é acostumado com a avó, é emocionalmente equilibrado e entende toda a situação. Cora pode se sentir abandonada pelos pais, pode ficar angustiada. Por mais que seja a avó, não é uma pessoa de seu convívio diário e é perfeitamente normal que estranhe um pouco. 

Cruzem os dedos e torçam pra dar tudo certo. Se der, eu posto como foi a experiência da minha mãe. Se der tudo errado. Eu posto também!



terça-feira, 6 de novembro de 2012

Viajando com os pitucos

O fim do ano está chegando e muita gente deve estar começando a pensar nas férias. Sol ou neve? Praia ou campo? Eis a questão... certamente diria Shakespeare.
Se você tem filhos, especialmente filhos pequenos, deve ficar ainda mais ansioso, afinal as férias são sinônimo de diversão, experiências, aprendizado e muitas fotos gostosas para recordar daqui a alguns anos quando seus pitucos ficarem enormes. Para que tudo dê certo e você não seja surpreendido por nada desagradável, um bom planejamento é importante, mas não se prenda unicamente a ele. Fugir do plano às vezes rende boas histórias!

Antes de viajar com crianças é importante seguir algumas orientações. Em primeiro lugar, atualize o cartão de vacinação dos pequenos e verifique se há alguma vacina obrigatória para tomar antes de viajar determinado local. Veja uma lista das vacinas por países em http://www.traveldoctor.co.uk/vaccinechart.pdf

Pipa, RN.

Procure conhecer o clima do local que vai visitar com antecedência para providenciar vestimentas adequadas para você e para as crianças. Lembre que dependendo da idade, a criança não vai te dizer que está com frio ou com calor e você deve observar como ela se comporta. Sempre que sair para um passeio leve uma mudinha de roupa mais leve ou um casaquinho na bolsa. Se houver alguma mudança no tempo, você poderá trocar a roupinha da criança evitando que ela fique irritada ou com muito frio.
Se o destino escolhido for muito seco, um batonzinho de cacau ajuda a proteger os lábios e aliviar possíveis rachaduras.


Viagem de carro pelo sertão da Paraíba.
 
Aeroporto de Confins
Rafa com o mapa do Inhotim











Se você está viajando por conta própria, sem depender de um agente de viagens e de pacotes pré-fabricados, você é o dono do seu destino (quase que literalmente). Procure organizar roteiros adequados com a idade das crianças. Longas caminhadas vão deixá-las cansadas e possivelmente aborrecidas, então planejar paradas para o descanso ou mesmo a volta para o hotel após o almoço pode ser uma boa opção.

Corinha preparada para o frio de abril em Buenos Aires.

Visitar museus, mesmo que eles não tenham uma temática infantil pode ser divertidíssimo. Não se limite a parques de diversão e a zoológicos. Tente fazer uma analogia entre o que está vendo e o universo da criança. Elas adoram e são capazes de citar a experiência por inúmeras vezes, surpreendendo até mesmo você.




Zoo Luján: Acesso limitado para crianças


Se você for a outro país e seu filho demonstrar interesse, ensine-o a falar algumas frases no idioma local. É uma maneira de incentivar o aprendizado de outras línguas.

Eu não sei se é correto, mas costumo levar comigo uma farmacinha de primeiros socorros. Antitérmico, analgésico, curativos, merthiolate, termômetro e dramin (meu filho costuma enjoar fácil). Tudo foi receitado pelo pediatra em alguma situação, então eu levo para o caso de precisar. Não estou incentivando ninguém a se auto-medicar, mas é algo que eu costumo fazer.

Hospedagem

O hotel tem uma comodidade ímpar. Você sai de manhã e quando volta encontra tudo arrumadinho esperando pra ser bagunçado de novo! Se precisar de alguma coisa, basta ligar para a recepção e solicitar e às vezes não precisa nem sair para comer. O hotel é sem dúvida uma maravilha, mas não é a única opção!
Viajando com meus filhos, em abril, vivemos a experiência de alugar um apartamento em Buenos Aires. Foi uma fantástica ideia! O apartamento dá um ar de lar à viagem e apesar de vc não encontrar o quarto arrumado na volta do passeio, você encontra uma cozinha para preparar uma refeição, máquina de lavar roupa, TV, internet. Nosso apartamento era enorme e comportou toda a família, meus pais e ainda nos permitiu preparar um jantarzinho especial para receber meu irmão e sua esposa, que estavam em um hotel. O preço também valeu a pena, já que era fixo.

Autorizações de viagem
Documentos de identificação e cartão fidelidade
Se você vai viajar sozinho(a) com a criança, sem o pai ou a mãe dela, dentro do território nacional, é necessário apresentar a certidão de nascimento ou a identidade do seu filho no check-in do aeroporto. Estes documentos comprovam sua ligação com o menor. Se a sua viagem, no entanto, tiver um destino internacional, você deverá providenciar um formulário de autorização de viagem na polícia federal que deverá ser preenchido pela pessoa que não vai viajar e que deverá reconhecer firma em cartório. Deve-se levar duas vias do formulário pois uma fica na polícia federal no aeroporto e a outra com você. Eu tinha interesse em conhecer Colonia del Sacramento, no Uruguai, mas só tinha levado as duas autorizações de viagem referentes à ida para a Argentina. Perguntei a um agente da polícia se com aquela via que ficara comigo eu conseguiria ir da Argentina para o Uruguai e ele me disse que o formulário só serve para entrar e sair do Brasil. Se eu estiver fora, só preciso de uma identificação da criança.

E como transportar a criança?

Adoro bater perna. Inclusive é uma característica que eu e meu marido temos muito fortemente em comum. A gente adora andar! Em viagens, então! Tem melhor maneira de conhecer uma cidade do que andando?? Mas como a gente faz isso quando tem criança pequena?
Rafa vai fazer 7 aninhos, e é um bom andador. Reclama um pouco do cansaço, mas curte um passeio a pé! O ideal pra ele, é priorizar um calçado confortável, com meias fofinhas, para que seus pés não fiquem machucados. Na verdade, não compre um sapato novo para a viagem. Dê preferência aos sapatos que você já sabe que são confortáveis e que não vão te dar problemas.
Já a situação de Cora é diferente. Começou a andar a pouco tempo e se a gente for depender do ritmo dos passinhos dela, não iremos muito longe. A solução foi portanto, um canguru, um apetrecho fantástico para pais em trânsito! Temos também um carrinho de bebê para viagens, dobrável e tudo mais, mas ela não curte muito ficar sentada não. Prefere chão ou colo. Então o canguru acaba sendo bacana pra ela e para os pais dela!

Cora no canguru.

Por enquanto é isso... se eu lembrar de algo importante venho aqui dividir com vcs! Espero que gostem do post! :)

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Em busca da escola perfeita.

Olá, mamães e papais! 

Estou em débito com vocês e isso é inegável. Há vários meses não atualizo o blog por pura falta de tempo e de vontade também. Devo confessar que às vezes dá uma preguiça de juntar as palavras certas e escrever um textinho novo, mas isso vai melhorar. Tenho algumas novidades para dividir.

Hoje o tema é a escola perfeita para matricular seu pequeno bebê.
O mundo é extremamente competitivo, e cada vez mais a gente quer a melhor educação para nossos filhos. E a gente quer isso cada vez mais cedo, é claro!

No Brasil a obrigatoriedade do ensino infantil, até 2016, deve começar a partir dos 4 anos, porém, há muito tempo, quem tem condições financeiras para não depender unicamente da educação pública, procura escolinhas particulares que aceitam crianças já com 1 ano.

Meu filho Rafael, hoje com quase 7 anos, entrou na escola com 1 aninho. Para achar o lugar perfeito para ele, eu visitei diversas escolas próximas a minha casa, uma vez que a distância era um fator restritivo para mim naquela época. Eu procurei avaliar alguns aspectos que achava importante, vejamos:

  • Limpeza e higiene do local (caixa de areia desinfeccionada com cloro foi um diferencial);
  • Existência de batentes e degraus (dei preferência a lugares planos para evitar quedas);
  • Preparo e formação dos professores;
  • Rotina escolar;
  • Incentivo a práticas saudáveis (dia da fruta, escovar os dentes, ciranda do livro);
Agora, em 2012, pouca coisa mudou na minha lista de características que uma escola deve ter. Visitei alguns locais para poder encontrar o lugar perfeito para Cora, agora em outro Estado, Minas Gerais. Adicionei aos aspectos que achava importante a opinião de outras mães. Sempre que alguém puxava assunto comigo  eu tentava descobrir o que achavam sobre uma ou outra escola. Deixei de visitar uma ou duas baseada no que algumas mães me falaram quando levava meus filhos na natação, por exemplo. Acho que a indicação é algo extremamente válido, principalmente quando você está mudando de cidade e não conhece a fama de muitas instituições.

Festa de dia das mães na escola de Rafa
Não tenha medo de errar. Nem sempre a gente vai achar de cara a escola perfeita, mas devemos continuar procurando. Isso vale mesmo para depois da criança já estar estudando. Se não der certo, tente outra vez! Quando me mudei pra Minas, matriculamos Rafa em uma escola pequena, pertinho de onde a gente ia morar, porque achamos que assim a professora daria mais atenção a ele caso tivesse problemas com toda a mudança que estava sofrendo. No entanto, os meses foram passando e não gostamos muito da escola. Ela não era de todo ruim, mas não era o que esperávamos dela. Então ele terminou o ano ali e então o colocamos para fazer um teste em outra escola. Estou extremamente satisfeita com a escola atual!

É isso. Espero que as dicas ajudem! Boa sorte!!


domingo, 19 de fevereiro de 2012

O seu bebê não é o centro do universo

Gente,
Comecei a ler um livro por indicação de uma mãe em um post da revista Crescer no Facebook.
Estou com problemas para colocar Cora para dormir e tenho certeza que estou errando em alguma coisa. Acontece que ainda que meu pediatra tenha dito para não levá-la para minha cama, eu levo para evitar que fique chorando. Tá... eu sei que é errado! Mas não quero que ela fique angustiada à noite e relacione momentos ruins ao berço dela.
Bom... como eu dizia... comecei a ler este livro que parece ótimo "Nana, Nenê" de Gary Ezzo e Robert Buckman e estou adorando. Ele mostra como o sono é um reflexo de muito mais coisa do que simplesmente a hora de deitar.

Algumas dicas que os autores sugerem reafirmam essa importância de ter um lar feliz.

"Centrar-se no filho é fácil quando se tem um bebê. As crianças são totalmente dependentes dos cuidados dos pais, e isso eleva a gratificação da experiência da criação dos filhos. Porém, há modos em que você pode satisfazer todas as necessidades do bebê sem se centrar na criança. Eis aqui algumas ideias que podem ajudá-lo a atingir esse equilíbrio:
1. Lembre-se de que a vida não pára quando você tem um bebê. Pode se desacelerar por algumas semanas, mas não para completamente. Quando você se torna mãe, não deixa de ser filha, irmã, amiga ou esposa. Essas relações eram importantes para você antes de o bebê nascer. Não se esqueça de mantê-las depois.
2. Namore seu cônjuge. Se você costumava sair com o cônjuge uma noite por semana antes de o bebê nascer, retome esse hábito assim que puder, deixando que amigos ou parentes cuidem do bebê. Uma criança não sofre com a separação quando a mamãe sai com o papai. Se você não tinha uma noite de namoro semanas antes da chegada do bebê, comece agora. A saída não precisa ser cara, nem exige que se fique acordado até muito tarde.
3.Continuem a fazer um para o outro aquelas coisas especiais que faziam antes de os filhos entrarem em suas vidas. Se vocês dois tinham antes uma atividade favorita que curtiam juntos, arrumem tempo para ela. Se o marido traz para casa um presente para o bebê, deve também trazer flores para a mulher. A ideia aqui é simples: continuem fazendo aqueles gestos afetuosos que até agora caracterizam seu relacionamento; conserve-o especial.
4. Convide os amigos para uma refeição ou uma noite de convívio social em sua casa. Ao se concentrar nesses momentos de hospitalidade, você é forçado a se concentrar na casa. Essa distração é saudável, porque o obriga a planejar o dia do filho de forma que não perturbe o atendimento às outras pessoas.
5. Cultive a "hora do sofá". Ao terminar um dia de trabalho, arrumem 15 minutos para sentar no sofá como um casal. isso deve acontecer quando as crianças ainda estiverem acordadas, e não depois de já terem ido para a cama. Explique a elas que interrupções desnecessárias não serão admitidas, porque é um momento especial para a mamãe e o papai ficarem juntos. [...] Esse momento no sofá proporciona uma expressão visual de sua união. Dessa forma tangível, a criança pode avaliar o relacionamento amoroso da mamãe e do papai e, assim, ter satisfeita essa necessidade interior. Além disso, esse tempo que se passa no sofá gera uma oportunidade regular para o casal partilhar as necessidades relacionais um com o outro."

Que lindo, não?
Presentinho da minha irmã:


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Pediatras, não me matem!

Tenho certeza que se o pediatra dos meus filhos tiver a oportunidade de ler este post, ele vai pensar duas vezes antes de me atender de novo em seu consultório. Mas gente, entendam meu lado: sou mãe de segunda viagem, aprendi com meus erros e acertos e visitas a outros pediatras e não tenho paciência pra seguir o "plano perfeito" que o médico quer que coloquemos em prática, só que ele esqueceu de explicar pra Cora qual seria a parte dela nisso tudo. Ele quer que eu amamente duas vezes por dia, quer ela durma na cama dela, quer que ela SÓ coma feijão, arroz, purê e carne ou frango desfiado, quer que eu não amamente ela depois das 23h e me disse que é erradíssimo levar a miúda pra minha cama no meio da noite mesmo que eu esteja um zumbi.

Doutor, eu tenho leite é pra amamentar! Se ela quiser mamar, eu dou meu peito pra ela, sim!
Eu tenho cama king size (#NOT) é pra caber a família toda e não estou mais disposta a deixá-la chorando de noite se sei que ela dorme mais tranquila sabendo que está ao lado da gente. Eu dou macarrão, cheesecake, queijo, pão de queijo, pão francês, biscoito sem recheio, papinha de mucilon e cremogema. Eu dou mamadeira com vitamina, dou suco de frutas que não estão na lista que o médico me passou, dou papinha de frutas sortidas. Se ela quiser comer, eu dou. Desde que não seja nada gorduroso, doce demais, excessivamente salgado nem fast food, eu dou, sim!
Meu marido ri e me diz que eu só levo ao pediatra pra pesar, medir e acompanhar as vacinas. Mas não é bem assim. Eu pergunto pra ele primeiro e depois tento achar o equilíbrio entre a opinião dele e a minha.
Minha filha é saudável, come de tudo, não tem frescura... ela mama no peito e isso me dá um prazer enorme. Ter aquele corpinho gostoso colado ao meu é uma sensação ótima e eu não estava disposta a restringir isso a dois momentos durante o dia quando sei que o aleitamento só traz benefícios para o bebê. Pode ser que pela idade de Cora, meu leite não esteja mais alimentando a pequena, mas com certeza está deixando ela mais segura e confiante pra seguir sozinha em breve.

Pediatras, me desculpem. Mas cada um é cada um.

Vocês acham que essa criança está mal porque eu não segui à risca as regras do pediatra?

Cora - 10 meses