sábado, 6 de novembro de 2010

A vida sexual secreta das grávidas

Vivemos numa sociedade que por mais modernas que sejam as crenças, acabam se confrontando com o bom e velho tabu. Um tabu, segundo a wikipedia, é um assunto ou comportamento inaceitáveil que costuma ser evitado pela população por causa das opiniões contraditórias que gera e por seu conteúdo polêmico, capaz de interferir com a moral e bons costumes em geral.

A vida sexual das grávidas é para muita gente um tabu enorme e que só tende a crescer enquanto crescer a barriga. Para alguns, o período de gestação é um período de abstinência sexual, onde nos castigamos por termos brincado com fogo antes.

Mas não é bem assim, pessoal.

Uma mãe com saúde e sem nenhum tipo de complicação durante a gestação que lhe impeça por aconselhamento médico, pode manter relações sexuais com seu parceiro até que não se sinta confortável.
O ato em si, não machuca o bebê, que está bem protegido dentro do útero "lacrado" com um tampão espesso de muco.

Para algumas mulheres esta é uma das melhores fases da vida sexual e existem explicações que corroborem com suas opiniões uma vez que o aumento de fluxo sanguíneo na região pélvica pode fazer os órgão genitais ficarem mais irrigados, dando mais prazer à mãe e ao pai também. Além disso, aquela preocupação com a concepção não existe mais. Não é preciso usar camisinha (a não ser que você não tenha essa intimidade toda com o parceiro, que provavelmente não é o pai da criança), tomar pílula do dia seguinte ou anticoncepcional comum. Tudo é só prazer!

Para outras mamães, no entanto, o desconforto gerado pelos enjôos no início da gestação e depois pelo peso da barriga, além de não estarem se sentindo bem  consigo mesmas, alimenta uma falta de desejo sexual que se prolonga durante os 9 meses. Isso é normal também. A gente tem que saber respeitar o corpo da gente e se sentir bem, especialmente quando somos dois. =)

Conversei com algumas colegas grávidas pra ver o que elas acharam do assunto e é claro que inicialmente me olharam meio feio. "Que pergunta é essa, Roberta??". Todas porém, me revelaram que continuam mantendo relações sexuais e que acham que ficou um pouco diferente. "Diferente como?" - pergunto. Uma acha que ficou diferente pra melhor e a outra, não gosta muito da barriga no meio, mas acha que o ato em si está ótimo. :D

Sabe... a gente sempre fala que o bebê sente tudo que a mãe sente. Por isso evitamos ficar inconsolavelmente tristes, deprimidas, irritadas, pra não passar essa energia negativa para o bebê. Mas e quanto ao orgasmo? É algo que nos faz bem, faz a gente se sentir bem... então deixa o bebê mais feliz também. Ele não tem consciência do que aconteceu para se sentir daquele jeito, mas simplesmente se sente bem e isso é o mais importante. Não pensem que o bebê é testemunha de nada, porque não é. Ele, no máximo, como vimos, vai se sentir bem porque a mãe está bem.

Outra coisa... a gravidez é o ápice de nossa feminilidade. É quando exercitamos nossos instintos mais femininos. A medida em que a barriga cresce, ficamos bonitas porque estamos sendo mulher ao extremo. Então, dito isto, não precisamos abdicar de nada porque estamos "praticando" a maternidade. Adquirimos esta condição de mãe graças ao amor e às relações sexuais e está tudo bem se conseguirmos aliar tudo isso durante esses nove meses.



2 comentários:

  1. Mas às vezes é o homem que não quer, né? Tem medo de machucar o bebê e não se sente atraído pela mãe, né?

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  2. É verdade, anônimo, e por isso cabe uma conversa bem franca e esclarecedora com o papai ou parceiro. Ninguém conhece mais o corpo da gente que a gente, então é natural que eles sintam insegurança... não sabem realmente se pode machucar o bebê. Então explica pra ele direitinho.
    Tem que conversar, levar numa consulta com o médico e tirar as dúvidas.

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